24/05/2010
Volta ao mundo
Simplesmente adorei a Festa do Imigrante, que aconteceu neste domingo no Memorial do Brás. Tinha interesse especial nas atrações do museu, uma vez que sou fruto da imigração italiana (e da miscigenação com portugueses e índios, é claro), mas também foi bacana descobrir tantas outras culturas que compõem São Paulo.
Não consegui parar para ver as danças, mas ouvi um pouco do show dos irlandeses The Drunken Merrows. Havia ainda barracas com artesanato típico e passeio de Maria Fumaça, mas também não aproveitei.
Eu e meus amigos passamos a maior parte do tempo nas barraquinhas de comida e valeu a pena. Cheguei por volta das 10h30 e pude ver com calma tudo que estava à venda, mas quem chegou para a hora do almoço mal conseguia andar. Aliás, essa é minha única crítica à organização: a instalação das barracas precisa ser repensada, para possibilitar um melhor trânsito dos visitantes.
Importante: domingo que vem tem mais. Só não sei se serão as mesmas barraquinhas em exposição. Ver post anterior.
Viva a Polska!
Não teve para ninguém, a barraca da Polônia foi a minha favorita. Os dois pratos que comi lá estavam divinos e não eram caros. Já estou com saudade! De salgados, também provei uma salsicha branca alemã e uma salteña boliviana, além de roubar umas mordidas de um pastel folhado da barraca russa e de uma torta de batata ralada com bacon da Lituânia.
Aliás, os doces que me seduziram foram os lituanos. Provei umas trouxinhas com recheio de frutas vermelhas e uma torta de ricota com calda de frutas silvestres chamada uogu ir varskes gretpyragis (com cedilhas e acentos nos lugares mais inimagináveis), além de não resistir a um quindim na barraca portuguesa. Os estandes italiano, japonês e árabe estavam entre os mais procurados, mas essas culinárias já fazem parte do meu dia-a-dia, né?
Os pratos que não estão em negrito foram registrados com fotos:
Paszteciki z miesem: panqueca polonesa recheada com carne bovina e dourada na manteiga (R$ 3,50). A massa era super leve e o recheio não era de carne moída, mas meio desfiada. O condimento à disposição era molho de funghi.
Pierogi: pasteizinhos poloneses cozidos, cobertos com cebolas douradas na manteiga e recheados com carne bovina ou purê de batata com queijo (R$ 5 a porção com cinco unidades). Eu simplesmente PRECISO achar onde vende isso por aí.
Salteña boliviana: salgado assado também conhecido como empanada em outros países da América Latina (R$ 5). A de carne tinha um recheio bem suculento com batata, ovo cozido e uva passa. Fiquei com vontade de provar essa cerveja Paceña, mas os preço de R$ 10 me afastou.
Pastel de queijo com dill: o nome russo não estava indicado na plaquinha. A massa era bem leve, diferente do folhado que conhecemos, e o recheio era de um tipo de ricota temperada com dill, umas espécie de erva não muito comum por aqui. A unidade saiu por R$ 4.
Krepseliai: trouxinhas de massa, da Lituânia, com recheio de frutas vermelhas e cobertas com açúcar de confeiteiro. O melhor custo-benefício dos doces: três por R$ 3,50. Havia ainda opções de pêssego e de maçã.
(Fotos: Paula R.)
Juliana said,
24/05/2010 às 4:37 pm
Adorei tudo, obrigada pela companhia!!! Foi tudo muito bom. E que venham as próximas…
beijos!
Ju
Luciano said,
24/05/2010 às 6:29 pm
Muito bom, Paula!
Me bateu até uma fome agora!! rs..
Beijão e parabéns pelo blog!
CaLi said,
24/05/2010 às 7:16 pm
Realmente vc PRECISA descobrir onde vende essas comidas aí em SP, pois fiquei morrendo de vontade de tds…rs
Bem q eu queria ir no domingo q vem….mas é praticamente impossível nas minhas condições financeiras…no ano q vem quem sabe….rs
Bjos
Tia Lúcia said,
25/05/2010 às 2:44 pm
TUDO parece ser uma delícia!!!
Que peninha não poder estar aí nesse período, porém que bom que temos você para registrar tudo isso para nós podermos apreciar também!
Parabéns e muitos beijos
Gracias said,
30/05/2010 às 1:32 am
Salteña com Paceña é o que há !
há 2 meses fiz uma viagem aqui pela Am. do Sul e era Paceña todo dia! Considerada a 2ª melhor cerveja Pilsen do mundo por 5 anos consecutivos pelos europeus (BOLIVIANA, acreditem se quiser!
E Salteña era encontrado em qualquer boteco, mas em La Paz havia uma Salteñaria que era uó !! Muito bom!
Claudia! comidas bolivianas…salteña principalmente tem todo domingo na Zona Norte numa feira boliviana em frente a CEFET, pertinho da estação Armenia de metro e perto da Rodoviaria do Tietê. Valeu !!
(Quem sabe eu mande algo sobre cervejas e comidas da minha viagem, hehe)
meire (mãe) said,
30/05/2010 às 9:11 pm
Nossa , são de dar água na boca mesmo,pena que agora só no próximo ano,…
Petra said,
07/06/2010 às 12:23 am
nao acredito q vc comeu saltenas! meu namorado me pediu pra fazer uma vez, nao sei nem com o q elas parecem, mas ele me descreveu algo q lembrava o nosso pastel, corrija-me se estou errada. foi uma tentativa frustrada de um velho livro boliviano q ele tinha em casa… se algum dia vc tiver uma receita facil q funcione, mande pra mim, por favor!
Aventuras gastronômicas nº29 « Órfã da Ofélia said,
08/06/2010 às 7:07 pm
[…] Festa do Imigrante desse ano, que aconteceu no Brás mês passado (ver post anterior), a Ju foi a única que teve coragem de provar o suco de milho roxo. Sim, ele existe! Não, não […]
Melhores de 2010 « Órfã da Ofélia said,
03/01/2011 às 7:13 pm
[…] Barraca polonesa, Festa do Imigrante: sabe quando a gente descobre um tesouro onde menos espera? Foi isso que aconteceu quando provei a panqueca paszteciki z miesem e os pasteizinhos cozidos pierogi na festa no Brás. Uma das minhas metas para 2011 é encontrar onde posso comê-los de novo. Mais… […]
Dois anos! « Órfã da Ofélia said,
20/03/2011 às 12:09 pm
[…] temos Twitter (@orfadaofelia), consegui um frila na área, conheci a Festa do Imigrante, em junho fiz a cobertura gastronômica da Copa do Mundo, descobri blogs legais como o They draw […]
Eu quero um pierogi! « Órfã da Ofélia said,
01/06/2011 às 6:23 pm
[…] fui acompanhada de bons amigos e nos divertimos e comemos muito. O destaque, para mim, foi a barraca polonesa. […]
Nações Unidas « Órfã da Ofélia said,
10/06/2011 às 4:58 pm
[…] acebolado com recheio de batata, de Israel, foi uma tentativa de substituir o vazio deixado pelo pierogi polonês, mas, infelizmente, foi o único item da festa que decepcionou. Era caro (R$ 8), meio sem […]
Juliana Hilario said,
14/07/2012 às 1:50 pm
Ola. Meu nome é Juliana. Minha familia é de origem lituana e polonesa e estas comidas eram feitas pela minha vó com frequência. A torta de batata ralada com bacon se chama kugelis e é divina e os pasteiszinhos cozidos com cebola na manteiga, chamamos de virtine. São receitas tradicionais na minha familia, que todo mundo ama de paixão. Até